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Trump se opõe a planos de Israel de atacar instalações nucleares do Irã, diz jornal

Segundo o New York Times, o planejamento incluía a ajuda dos Estados Unidos, mas o presidente preferiu priorizar um acordo de limitação do programa nuclear c...

Trump se opõe a planos de Israel de atacar instalações nucleares do Irã, diz jornal
Trump se opõe a planos de Israel de atacar instalações nucleares do Irã, diz jornal (Foto: Reprodução)

Segundo o New York Times, o planejamento incluía a ajuda dos Estados Unidos, mas o presidente preferiu priorizar um acordo de limitação do programa nuclear com Teerã. Trump Reuters/Kevin Lamarque O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se opôs a planos israelenses de bombardear instalações nucleares do Irã. A informação é do jornal The New York Times. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Segundo o veículo, o republicano optou por favorecer a diplomacia com Teerã e focar em um acordo que limita o programa nuclear no país. (Leia mais abaixo). A decisão foi informada a Israel durante a visita do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu na última semana. Os ataques de Israel aconteceriam em maio e tinham o objetivo de atrasar a capacidade do Irã de construir uma arma nuclear. De acordo com o planejamento, além de auxiliarem na proteção do país, os EUA também estariam envolvidos diretamente com a ofensiva. O NYT apurou, ainda, que as forças israelenses se mostravam otimistas em conseguir o apoio americano e que Trump tomou a decisão após meses de debate interno. Alguns oficiais dos EUA estariam mais abertos a considerar os planos israelenses, como Michael Kurilla, chefe do comando central, e Michael Waltz, assessor de segurança nacional. No primeiro mandato, o republicano havia encerrado um acordo nuclear com o Irã a mas retomou as negociações em sua segunda chegada à Casa Branca, a fim de evitar se envolver em uma nova guerra no oriente Médio. LEIA MAIS Trump diz que Irã enfrentará 'coisas ruins' se não aceitar novo acordo nuclear Acordo nuclear com Irã Trump sobre Irã: 'Todos concordamos que um acordo seria melhor do que fazer o mais óbvio" Na última semana, Trump afirmou que os Estados Unidos iniciaram conversações diretas com o Irã sobre seu programa nuclear, mas Teerã classificou as negociações como "indiretas". O anúncio surpreendente aconteceu durante uma reunião nesta segunda-feira (7) entre Trump e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, no Salão Oval da Casa Branca. O presidente americano afirmou que tinha esperanças de chegar a um acordo com Teerã, mas advertiu que o país enfrentará um "grande perigo" em caso de fracasso das negociações. "Temos uma reunião muito importante no sábado e trataremos com eles diretamente. Talvez se chegue a um acordo, isso seria fantástico. Nos reuniremos no sábado em um encontro muito importante", afirmou Trump. O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, confirmou as negociações e disse que um acordo é possível se Washington mostrar boa vontade. O principal objetivo do governo iraniano, segundo ele, é que as sanções contra o país sejam suspensas. "Se a outra parte tiver a vontade necessária e suficiente, será possível chegar a um acordo. Afinal, a bola está com os Estados Unidos", disse Araqhchi à agência oficial IRNA. A agência local de notícias Tasnim anunciou, nesta terça-feira (8), que o próprio Araqchi comparecerá ao encontro, assim como o enviado dos Estados Unidos para o Oriente Médio, Steve Witkoff. Lideradas por Washington, as potências ocidentais acusam há décadas Teerã de querer desenvolver armas atômicas. O Irã nega as acusações e afirma que suas atividades nucleares têm fins exclusivamente civis. Em 2015, Teerã concluiu um acordo com os membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (China, Rússia, Estados Unidos, França e Reino Unido), além da Alemanha, para supervisionar suas atividades nucleares. O texto previa uma flexibilização das sanções, em troca da supervisão das atividades nucleares iranianas. Em 2018, durante seu primeiro mandato, Trump retirou os Estados Unidos do pacto e retomou as sanções. Em represália, o Irã acelerou seu programa nuclear. Trump assegurou, nesta segunda-feira, que um novo acordo seria "diferente e, talvez, muito mais sólido". O Irã pretende consultar seus parceiros mais próximos sobre a questão, Rússia e China.